Estou vivendo uma situação muito parecida ( mais uma vez). Como disse, eu odeio rotina. Acredito que por causa disso sempre tenho tido essas reviravoltas. São os temperos.
Enquanto houver sol haverá um sonho, uma história, uma esperança... Enquanto o céu refletir em mim sorrisos haverão canções e saudades... Enquanto houver sonhos haverão novos amigos... Nas esquinas da vida sempre um novo! E uma vida inteira pra decifrar... Eu sou do Sol! Sou da luz! E do dia...
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Dona Esperança, a última abordagem...
Estou vivendo uma situação muito parecida ( mais uma vez). Como disse, eu odeio rotina. Acredito que por causa disso sempre tenho tido essas reviravoltas. São os temperos.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Dê-me as letras
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Pequena elegia
Uma canção não será mais uma canção.
Um perfume será mais que um cheiro.
O dia será como qualquer outro.
Os caminhos me levarão a rotina.
Eu verei novos sentidos.
O sorriso é de alegria, não de sarcasmo.
O abraço será sempre de saudade.
As cartas darão lugar à Internet
E mais uma vez ficaremos ansiosos.
Ficaremos com notícias de quem amamos.
Os olhares se tocarão,
Ouvirão o canto do pássaro.
Os pássaros sempre cantam, mas não vemos os sinais...
As mãos estarão trêmulas.
O coração acelerado.
Passe, pássaro!
Anuncie a primavera!
Quero ouvir dizer:
- Vem, olha! O inverno já passou! As flores estão abertas...
E direi:
- Espera, estou chegando... Depois do inverno o tempo em flores.
As folhas já caíram!
A chuva já lavou.
O frio purificou...
E dirás:
- Oh chuva que moveu a vontade de escolher a viver sem calor...
A andar, debaixo das nuvens sem ver o sol!
E direi:
- Quando na vida o Sol se ausentar, não vou me preocupar...
Sei que entre as nuvens está.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Dona Esperança, parte 2.
Falar da esperança é falar de solidão. As duas andam juntas de mãos dadas. São duas boas amigas... Na medida da minha justificação muitos irão concordar comigo...
Viver é um mistério...
Nada é previsível.
Posso tentar planejar o meu futuro, e, estabelecer metas, mas no percurso alguns acasos podem dar ‘cara nova’, diferenciais, norteando uns novos sentidos, dividindo águas, estabelecendo pontes. Mas todo este caminho só posso fazê-lo sozinho. Ninguém nem nada podem ser responsabilizados pelas minhas decisões. Meus pensamentos, minhas atitudes, embora influenciáveis passam pelo crivo da minha vontade que manifesta qualquer tipo de escolha.
A solidão é uma marca da nossa humanidade. Somos sozinhos na multidão. Embora estejamos sempre ansiando qualquer tipo de afeto (ou estando com este afeto) não temos a solidão saciada. Somos um mistério pra nós mesmos, imagine pros outros... Por mais que comuniquemos o que estamos sentindo ou vivendo o outro sempre está à margem da profundidade de cada gesto e palavra que possamos transmitir. Mudamos de opinião como uma mudança climática e não encontramos satisfação.
Entre em cena a danada da esperança. O papel dela é estabelecer o sonho nessa vida escura, onde andamos apalpando algo em busca do futuro.
Sonhar é um sustém. Faz a magia habitar na vida, extraindo o que há de mais inefável ou libidinoso escondido no íntimo. Através dos sonhos e fantasias plantamos o Amor, o fazer o bem, a solidariedade, a satisfação de acordar numa manhã de sol, alegria ou dor de ter as máscaras reveladas e ser pego de improviso. Somos muito o que não escolhemos ser.
Viver um sonho é ser sem ser impedido. Por isso o carnaval faz tanto sucesso... As pessoas se vestem de um personagem que não se manifesta nos outros trezentos e cinqüenta e cinco dias do ano. Por isso a arte expressa a alma dos artistas... Beleza e verdade manifesta sem preconceitos, sem machucar ninguém (pode acontecer o contrário também...) Daí o sucesso dos entorpecentes. Ser libidinosamente livre, sem arquétipos sociais. E o sucesso das alienações religiosas? É muito fácil estabelecer no indivíduo metas desencarnadas da vida real.
Por isso ainda acredito que responder às perguntas de nosso auto conhecimento ainda seja um caminho individual e subjetivo, porém livre das fórmulas. Se somos solidão, devemos trilhar sozinhos o caminho para o entendimento individual. Livre eu sou protagonista da minha própria vida. Ainda cheio de complexidade e indecisão, porém com autonomia histórica.
Terça-feira tive uma crise de posse. Nada me pertence de praxe. Preciso aprender isso diariamente. A única coisa que tenho sob meu poder é meu passado, e, mesmo assim ele nada pode fazer. O meu presente acontece, meio desvirtuado, medroso. Meu futuro não veio e depende do meu agora. Me senti extremamente só, desolado. Tive uma vontade louca de escrever (já que não podia gritar nem chorar na rua), mas não tinha papel, nem caneta pra registrar minha crise. Tive inicialmente que me contentar em pensar e ouvir meu Mp4.
No ônibus, depois de algumas horas de solidão total conheci uma garota que sentava do meu lado. O nome dela é Catarina.
Conversamos sobre o presente, sobre saudades (sinal de que tivemos algo de bom e marcou o caminho trilhado), falamos da falta de domínio sobre o futuro, sobre estudar, sobre vida profissional. Ela me contou que mora no interior pra onde eu estava indo, que morava só em Salvador, e, que estava passando poucas e boas por estar estudando na Ufba e ser do interior. Falou sobre os vazios, ausências, diferenças e descobertas.
Contei a ela que naquele mesmo dia tinha dito várias vezes “amo você”, porém continuava a me sentir vazio. E Constatamos juntos que os sentimentos são propriedade particular, mas os sinais corporais com os olhos, com as mãos, com o corpo são compartilhados com o outro. As emoções precisam se expressar pra fazerem história...
Me lembrei de Maria Eugênia. Uma grande amiga que tive durante o segundo grau. Ela foi uma jovem sonhadora... Passamos três anos de nossas vidas sendo movidos pelos mesmos sonhos. Cada um em sua órbita. Ela desejava cursar Nutrição na Ufba. Vivia pra estudar. Saíamos juntos, ríamos juntos. Chegamos a nos beijar por falta de opção. Tudo isso eu contei a Catarina que riu muito.
No final do terceiro ano fui morar em Macapá. Passamos um ano nos comunicando esporadicamente, muitas vezes nem nos falávamos, no entanto mantivemos o Amor um pelo outro e amizade viva através de telefonemas, bilhetes, telegramas e cartões. Ela passou em Nutrição. Pra todos nós que a amamos foi uma alegria. No final do segundo semestre dela voltei de férias muito louco pra reencontrá-la. Isto aconteceu exatamente no dia quinze de Novembro do ano dois mil.
Cheguei em casa joguei minha mala no quarto, comi, tomei banho e liguei a tv. A primeira notícia apresentada foi a morte de uma estudante de nutrição acidentada por um ônibus e tinha sido Maria Eugênia. Fiquei catatônico por umas três horas. O Choro veio lavar a minha dor e a minha saudade.
Ela tinha deixado um dia antes o campus da universidade e fora tomar o coletivo pra voltar pra casa. Enquanto subia as escadas o motorista arrancou o carro em alta velocidade e ela foi jogada longe, onde bateu a cabeça no meio fio e veio a falecer no local. E eu não pude dizer a ela o quanto eu a amava, o quanto ela foi importante. Catarina chorou.
Temos de dançar conforme a dança da vida? O que fazer então? Paralisar diante dos sonhos abortados? Desde então compreendi que viver é ser intenso. Não deixaria mais pra amanhã o que posso fazer hoje. A vida nos obriga a mudanças bruscas...
Não me arrependo de ter dito ‘eu te amo’ a quem quer que seja. Amei e amo de verdade. A Maria Eugênia eu não disse... Mas as minhas mãos, o meu corpo disse.
Eu dizia no primeiro texto que compreender o passado é aprender a dar sentido e viver melhor o presente. Os sofrimentos, as perdas, dores precisam fazer parte da nossa vida. Edificam e constroem. Aprender a analisar a si mesmo é dar os nomes certos ao amor e ao ódio.
Em cada dia uma chance, porque deixar de sonhar é uma tragédia.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
o salto, desafio de conviver...
Tenho milhões de convicções acerca de mim mesmo. Abrir mão de uma requer violência, mas não é impossível... A convivência diária é esta violência. Conhecer, se aventurar e se lançar em qualquer tipo de relacionamento é afiar as ranhuras que existem... Algumas partes se deixam lapidar, se tornam pedra lisa, polida, outras nem foram tocadas ainda. Deus queira que sejam... Porque não existe melhor ou maior desafio na vida além de conviver com alguém que 'torra' a paciência nos lançando ao limite de nós mesmos. E isto também tem seu limite. Cada um deve conhecer o seu.
Estou vivendo uma situação delicada de encontro com a paciência e intolerância. E não são fatos novos, mas me assustam e me põem em dia com meu lado obscuro. Em paralelo tenho aprendido a ser paciente com o dinheiro que não chega, com meus devedores e credores.
Hoje mesmo me ví à beira de um ataque de nervos. A desconfiança me mata e mina qualquer sentimento positivo que eu possa carregar. Me ame e confie. Como diria o Superman: "Eu tenho um plano" (kkkkkkkk).
Não tenho plano coisissíma nenhuma. Tenho muito desejo de acertar.
Sei que cada um tem seu lugar ao sol, porém preciso adquirir a paciência na mediocridade. Não tenho. Se for alheia piorou... E esta é a mais exigida na lei da paciência! Diariamente devo voltar o meu olhar pra o entendimento de que os meus limites são largos em alguns aspectos, e, curtissímos em muitos outros.
Mais uma vez entra a danada da convivência, o maior desafio humano. Apanhei muito na infância e adolescência pra entender e desejar ser o tolerânte que tenho buscado ser.
Escrevo isso sem ser penoso, ou pesado. Escrevo porque a liberdade me faz olhar pra autenticidade de ser quem sou sem medo, sem dúvida. Tive de crescer muito cedo... Trabalhei pela primeira vez aos desesseis anos. E disto também tive de colher positividade: Ser responsável com o que me é cabível, entender as minhas prioridades... Ainda colho as negatividades: Não ser apegado ao tempo de compreensão do outro, transpor os limites da força e dos horários por causa do trabalho, esquecer de ser afetivo com quem está ao meu redor e ver as realidades numa ordem prática sem subjetividade...
Essas consequências me acumularam uma crise de estress aos dezoito anos. Perdí na época a capacidade de enxergar as minhas imperfeições, me configurei ao maniqueísmo. Estava sendo treinado pra acertar sempre. Errar poderia ser fatal... Por faticidade tive de aprender a cair e pedir ajuda pra levantar. Por conta disso, hoje não posso viver mais sozinho. Meu coração se dilatou e se tornou desde muito cedo uma história a ser contada. Sozinho significarei muito pouco.
Os erros possíveis e reiais se tornaram jóias preciosas. Acolho que meu lado negro tem total influência sobre o lado mais claro, ou mais visível às pessoas...
Se Deus é Amor eu acredito nele.
Acredito porque o Amor sempre foi canal de cura pra mim... Sei o quanto sou amado entre tanta limitação e pobreza...
Se Deus é Esperança, ela mora em mim.
Enquanto existir vida, existirá espera e um sim como resposta aos desafios que virão...
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Dona Esperança
Lendo o livro da Vida de Teresa de Ávila aprendí uma lição de vida que trago fortemente em todos os meus dias: Somos movidos pelas paixões diárias. A paixão por um ideal move-nos a consurmirmos a nossa vida por essa meta.
Teresa disse que presenciamos três fases em nossa vida: Viver - compreender - explicar. Vivemos muitos fatos que nos parecem incautos, dolorosos, vergonhosos. A memória pra alguns é um suplício. Essa vida marcada, dolorosa, de busca de compensação da nossa sede de sermos amados incondicionalmente projetadas no outro pode vir a ser a construção de maturidade humana. Nunca deixaremos de desejar o Amor, mas vamos aprender no processo de leitura do nosso passado a forma de darmos sentido ás feridas que trazemos na nossa história de vida.Sem o encontro com esse processo e com essa construção podemos nos tornar um barco à deriva.
Eu me sentí muitas vezes descompensado com relação aos meus sentimentos, e a necessidade de ser amado de forma incondicional. Qualquer tipo de relacionamento era sinônimo de renúnica e intensidade total pra mim. Me lembro que quando criança e adolescente era capaz de ir às últimas consequências numa amizade pra sinalizar a minha fidelidade. Entendí essa minha atitude quando ví na minha história ausência e incompreensão...
Compreender é o segundo passo depois da reeleitura do passado.
Continua
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Com atitude de sonhar
Seguindo uns pequenos passos em direção ao teu coração.
Vou com calma.
Me dá esse lugar...
Eu lancei fora o medo do meu lugar.
Deixei um espaço reservado pra você.
Lá está teu cheiro.
A tua fênix, enorme.
E uma saudade.
E a alegria, de ser seu.
Seguí teu sorriso e achei uma folha verde, nela estava escrita teu nome.
Sonhei com ela encostada em meu peito, deixei por osmose alegria de te encontrar;
Deixei por osmose a alegria se transformar em saudade.
sábado, 4 de julho de 2009
Alegria
Ninguém se lembra que ela é uma mulher normal... Imagine ela, depois de acostumada dando puns na cama com o seu encantado, acordando-o com o bafo, sendo assistida numa dor de barriga ou tendo que administrar as questões da realeza. Como ela foi obrigada a ser "plebéia" a vida inteira deve ter sofrido a pressão...
Com certeza tudo isso deve ter sido menos pesado que conviver com as irmãs loucas, e a má drasta...
Justificar:
O que isso tem haver com o título do texto? Alegria não é ausência de dor... É Motivação. É dar sentido as dores e renuncias diárias. Quando digo sim a algo, digo não a muitas outras pessoas e coisas. Um sim é feito de muitos nãos e renuncias...
Estou alegre, feliz porque disse sim. Eu quis dar mais uma chance pra mim.
Estou agora nesse mesmo período que a Cinderela. Como já dizia a minha avó: " Quem quer os beijos, que aceite os peidos".
A alegria tem essa capacidade de resumir as coisas. De tornas as pessoas leves, bonitas e despretenciosas. Talvez seja porque eu não tenha muito pra dar e nem sinta os interesseiros, os malvados. Um sorriso apaixonado, uma ligação inusitada é capaz de derreter qualquer coração duro. Ou qualquer difilculdade.
Andar nú nunca foi tão bonito.
Ser transparente nunca mais tinha sido moda.
Os matizes da luz do sol a muito não tirava os olhos do limbo. Ser movido pela alegria da paixão e do sonho tem alimentado a minha alma pobre e débil.
As imperfeições se tornaram belas, o mal se esqueceu de ser cruel e sorriu.
O inferno se tornou um lugar onde pude ver uma luz e ter mais uma vez o desej de cantar.
As palavras, antes enigmáticas se tornaram claras, translúcidas.
O cisco no olho, piscar.
A vela no mar aberto, a singrar...
A água na bica, o desejo de tomar banho.
O calo no pé, e o desejo louco de dançar...
Calar.
Gritar.
Indo só eu e meus sentimentos. Cego e seguindo...
O Imoral se tornou amoral nos braços de um novo, velho Amor.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
A beleza escondida.
A beleza tem esse poder às vezes... Manipula nossos olhos. Nos cega... Pode gerar a cobiça, o desejo a libido, onde os sentidos visuais podem ser facilmente enganados...
Faz pouco tempo, mas tenho andado na crença do que está escondido. O dom de mim mesmo talvez esteja me ensinando.
Lí uma vez num livro de Daniel-Ange que somos como baús. As verdadeiras preciosidades estão escondidas. É preciso tempo, investimento dele pra ver. "Encontrar isso em si mesmo é dar sentido ao dom de si", diz o livro. Tenho experimentado isso de forma concreta.
Tomara que não seja mais um sonho... Minha vida feito deles...
" BOM DIA, SONHO
BEM VINDO À HORA DE ACORDAR
ESTE É O SOL,
ESSA É MINHA VOZ
VIVO DE BRISA
ANDO NOS PASSOS DA MANHÃ
BEM VINDO A MIM
O ÚNICO QUE SOU
ESSE SONHADOR
MINHA CASA
É TUA CASA
MEU OLHAR É TEU
DA JANELA VEJO COISAS
PRA TE OFERECER
NESSA RUA PASSA O MUNDO
DE ONDE VEM, NÃO SEI
SEI QUE É FEITO
DE OUTROS MUNDOS
MUNDOS DE QUEM É
SONHADOR"
Me fazer feliz.
Jogar o jogo da felicidade;
Encarar o lado bom das coisas complicadas (Olha que são muitas).
Simplificar as complicações.
Chorar se for preciso.
Sorrir se for preciso.
Eu quero muitas coisas. Que meu tempo não acabe...