Acordei sedento de fluir palavras, de dizer-me coisas. De soltar meus gonzos.
Acordei saudoso. Acordei esperando.
Acordei e amanheci. O Sol me chama à praia.
Vento, como a Ana Terra anuncia.
Apaguei a luz, acendi o lampião.
Ontem eu queria fugir.
Hoje eu quero ficar.
Agora encanta-me a flor, sua cor me faz bem.
Flui como água, alegria, sorriso.
Flui como rio caudaloso. Flui e me leva pro caminho que só eu sei onde vai dar.
Já não sou eu mesmo, nem o rio é. Mas de que importa?
Um dia serei mar.
Tira meu coração do caminho e me leva pro altar.
Rio, água. Leva-me pro lugar.
O Círculo vital de um rio sempre imprevisto.
Assim meu coração ficou na cruz do imprevisto do fluir do rio, impossível devolver o que passou.
Aqui no coração o que foi como um rio se foi.
Não tem jeito, ter de ir em frente ao encontro de outro cais.
Encontro de fé.
20/09/2009.
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