Enquanto houver sol haverá um sonho, uma história, uma esperança... Enquanto o céu refletir em mim sorrisos haverão canções e saudades... Enquanto houver sonhos haverão novos amigos... Nas esquinas da vida sempre um novo! E uma vida inteira pra decifrar... Eu sou do Sol! Sou da luz! E do dia...
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Minha cor
A história nova!
Até a porta...
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Para Nai e Tato, parte 3
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Para Nai e Tato, parte 2.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Abraço Forte
Sinto quando vejo o tempo que passou ao longe...
Sinto quando lembro o que restou daquele abraço:
Uma amizade acima de qualquer lugar;
Mais um verso, em prosa, consciência que me traz.
É bom relembrar do nosso lugar...
E quando o sol nascer aqui, eu sei...
Quero te ver mais, ver assim:
Quando tua voz pra mim cantar:
Abraço forte, amigo!
A senha
Para Nai e Tato, parte 1.
Definitivamente não sei o que está acontecendo comigo. Também desisti de entender. Hoje não estou agüentando o peso que é viver de verdade. Peso que pesa, mas passa. Parece que faz tanto tempo que vivo esta vida que não é minha, que me esqueci o que é verdade e o que é mentira dentro de mim. Prefiro optar por mentiras sinceras a verdades cortantes, essas sim, tão deliciosas.
Travesseiro quente me dá insônia. Parece que começa a esquentar meus pensamentos, minhas idéias, e, de noite, eu sempre preciso esfriar minha cabeça. A mim, já me bastam o corpo em febre e os desejos como fogo. E ontem fui dormir todo encolhido, agarrando ao meu travesseiro, fazendo festinha em mim mesmo até dormir.Estava dando voz às minhas culpas de estimação, tentando me despedir delas.
Tenho apertos incontroláveis no peito à vezes. Inexplicáveis e inconfundíveis. São sempre iguais.Agora estão mais freqüentes. Talvez eu fosse mais forte se entendesse a alma dos homens, a minha pelo menos. Eu queria não sentir nenhuma falta, nem física nem metafísica. Eu queria ser vento ou fortaleza. Se eu fosse um pouco mais seguro das coisas que eu não tenho, talvez eu vivesse mais feliz na felicidade que eu não conheço.
Estive sempre procurando algo e todas as vezes que eu achei que encontrei não demorou a ver que eu perdi. Quando isso acontece, espero que o tempo ou a correnteza traga de volta. Espero que o vento sopre a vela para o meu porto. Mas no meio do caminho fica um vendaval. Fica um buraco. Tem sempre uma pedra no meio do caminho. E o que você faz? Foge para Passárgada ou marcha? Marcha para onde? Marcha-ré. E nem adianta tentar abrir a porta que não mais existe. Nem ficar em silêncio, ou recorrer às estrelas cadentes. Quando será que eu vou descobrir que o mundo é de verdade?
Com o tempo a gente começa a descobrir por que é que algumas pessoas têm medo de algumas coisas. Eu tenho medo. Quando a gente descobre essas coisas, que mexem tanto, a gente também percebe que é tarde demais pra gente e que deveríamos ter saído antes daquele lugar onde, na verdade, nunca deveria ter entrado. Depois fica insuportável. Mas o pior é quando a pressão interna é maior que a externa.
Não é o tempo real. É o nosso tempo, nossa dimensão. A minha urgência de viver...e de repente o tempo escoooooo...ooorrre e as horas paaaaaassam... E sou relógio. E sou dia. E sou semana. Mês. Quantos anos mesmo? Agora entendo por que é que algumas pessoas insistem no fato de que mentir é diferente de omitir e lembra das próprias mentiras escorrendo como fel, amargo na garganta inteira, descendo até o estômago.
De repente a gente percebe que cresceu, e isso dói. Dói mais ser brinquedo quando a gente conhece e entende a brincadeira. A gente lê coisas que não queria ler. Vê coisas que preferiria esquecer. Faz coisas que não deveria fazer. Faz porque te dão idéias e descobre que você não vai muito além dali. E estar no meio é como estar em lugar nenhum, é como fazer parte das estatísticas. E nesse caso nada adianta de nada. De nada adianta ir a lugar nenhum se você vai e volta sozinho. Se ninguém vem com você. Solidão. O bacana desta vida, o bacana mesmo, são os encontros. Isso basta e justifica os meios. E para se encontrar, é preciso que haja amor. Ou se pega um carro e vai para a Barra, ou se pega um avião e vai para São Paulo, ou se pega um ônibus e vai para Porto Seguro, ou se pega um barco e vai para Ilha, ou se fica aqui, sentado, a ver navios...
Olha que incrível: Só agora me dei conta porque estou escrevendo. Todos os motivos para essa angústia e essa descrença disfarçadas de lágrimas conta-gotas é amor. Nestas últimas semanas eu perdi um pedaço de mim e, quem sabe, do meu coração. Eu caminhei com você para algum lugar. Caminhei, parando para sorrir, parando para chorar, parando simplesmente...Vivendo algo que não conhecia como amor, apenas brilhos dele...
Acho que não sei usar o Amor. Às vezes arranha feito farpa. Gosto de me arranhar. “Há em mim um estranho prazer em exibir minhas cicatrizes” Depois de alguns momentos, de alguns silêncios, meu coração não cabe entre os prédios, meu coração é maior do que o mundo e anda solto voando no ar. Amar alguém que eu não sei se conheço, que de todas as distâncias parece estar na maior delas, entre as montanhas e o mar. Entre a pele e o suspiro. Entre o afago e o tesão.
Sabe... Mesmo antes de existi, alguns beijos são tão intensos, algumas bocas são tão boas, alguns abraços são tão fortes, alguns toques são tão delicados, alguns cheiros são tão doces. Alguns momentos são tão únicos. Que voam como aviões (ou dentro deles). Acho mesmo um pecado que todas as pessoas do mundo não vivam tudo isso, mas eu também não recomendo os meus momentos. Por puro egoísmo.
Ali, na minha frente, está quem eu escolhi para amar, até que a morte nos separe - eu e meu desejo. E é nesta hora, quando eu descobrir isso e escolher viver, tudo tanto pode como não pode, tudo tanto é quanto não é, tudo é tanto sonho que não chega a ser vida real, tudo é tão longe que deixa de ser só vontade e passa a ser sentimento, meu, dentro de mim, seu dentro de você, nosso, dentro da alma do mundo. Tem coisas que de tão boas não cabem em mim. ...Hoje só quero no meu corpo o gosto simples de me sentir acordado, amado, desejado. Alheio às tormentas habituais e rotineiras e as lágrimas derramadas ao fim da sessão da tarde. Decidi que tenho coragem e que já estou casado de ninguém. Nem de amar ninguém.
...
E não é que a chuva chegou até aqui e molhou meus pés? E não é que minha janela ficou pequena demais? E não é que tem algo me apertando lá dentro? E não é que o mundo é imenso lá fora? E não é que de repente não tenho mais medo de avião? E não é que tem amor que não sai de mim? E não é que eu consigo dizer não? E não é que algumas coisas estão apenas começando? E não é que algumas cascas descascadas e futucadas já deixam a ferida exposta?
E não é que estou amando?
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Sobre hoje, sobre tudo
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Quem me dera
Eu não vou mais voltar
Se Deus quiser, vou mandar te buscar
De madrugada, quando o sol cair dend’água
Vou mandar te buscar
Ai, quem me dera
Voltar, quem me dera um dia
Meu Deus, não tenho alegria
Bahia no coração
Vou preparar o jantar,
a cama,
e ficar na janela esperando teus olhos me olharem,
e quando chegar, a lua vai brilhar em meu coração
pode esperar...
eu vou
vou mandar te buscar.
Co- autoria Maick Barreto
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Um exemplo:
Oi!
Estou deitado na cama, olhando a foto que vou te enviar. Faz muito tempo que escreví uma carta à mão. Aliás, faz muito tempo que escreví qualquer carta. Enquanto vejo a tinta da caneta dançar pelo papel, desenahndo letras, vejo que esta é uma maneira concreta e verdadeira que posso me contar pra você.
Tenho te amado, na verdade saber amar é uma nobreza que ainda sou plebeu. Estar envolvido contigo tem me mostrado tanto de mim... Revela o quanto de amor guardado eu tinha dentro de mim. Sempre recorro aos poetas, quando não sei mais o que dizer. Nossa história está sendo construída... Passei muito tempo da minha vida cansado, sem fé... Hoje sinto uma clareza translúcida sobre este tempo. Com você me arrisco, gosto de me despir pra você. Abrir mão dos castelos que construí para me isolar da dor e do prazer.
Ainda guardo na pele seu toque, que me alimenta. Sinto que você sempre esteve de braços abertos pra me encontrar, lembro da órbita quente de nosso primeiro encontro. Você me contando seus planos, falando de fidelidade, e eu de picolé de limão... E toca nas minhas costas tão machucadas, e eu toco nos teus cabelos... Enquanto canto canções que só existem em vinis sou tomado de êxtase. Cada parte do seu corpo é quente, dá pra ouvir os corações queimarem. Toda luz do mundo ilumina teu sorriso, eu desejando morder teus lábios e fazer parte da sua vida...
Hoje olhando pra tua foto, decorando teus traços, minha mão dói por não escrever há muito. Mas hoje é vida nova. E quero viver pro hoje. A vida é nova e anda nua, vestida apenas com meu desejo, que é ter você.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Ao passo das horas
Perto
Em tua direção, meu passo a apertar;
Deixo minha casa aqui e vou pra tua casa.
Pois lá é que me sinto bem, é nos teus braços que me vejo sendo teu,
Porém, já tenho que me acostumar sempre a te ver do outro lado da montanha...
Mas custe o tempo que custar, eu sei.
Custe o meu futuro e custará...
E bem do lado esquerdo,
Assim dentro do peito.
Essa montanha sei que posso atravessar...
Pra te encontrar...
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Contemplação 2
Como olhar pra este céu e não esperar?
Além dos dogmas de fé eu sei, eu sei amar...
Encontar num sorriso minha escolha.
Como de uma criança pura;
Encontrei num palhaço mais que alegria a candura, e o desejo de ser feliz.
Dizem que o palhaço é um cara melancólico.
Que por trás dos sorrisos esconde perigos...
Eu não ví isso.
Ví o interior de uma casa, cheia de riquezas, sem certezas de que elas estão lá;
Ví sorrisos guardados, disfarces de lado de um picadeiro que nem sabe que está alí.
Mas dizem: "Ele é palhaço, e só sabe fazer rir!".
Eu digo que ele é mais do que aparenta, é belo e nem tenta sem mais do que dizem aqui.
Nos bastidores ele chora, eu quero abraçá-lo sem demora, dizer que estou aqui.
Descubro mais que sorrisos, sua história que acha sem brilho, e eu vejo um novo logo alí.
Como não olhar pro céu e sorrir, se o que vejo é sem fim?
Como não me alegrar com o palhaço se o que ele é de fato alguém que mora em mim...
Numa tarde de sol
Cerrando as portas de bar
Mas num preferido boteco.
Adoraria tomar na sexta - feira algumas cervejas e celebrar:
Contemplar teu riso.
Desejar teu corpo... Te devorar a cada gole.
Te devorar.
Te devorar a cada gole...
E te devorar.
Vamos enganar a solidão?
Escutar Cartola em repetidos brindes ao passar das horas até cerrar as portas...
Escutando Cartola, em repetidos brindes...
Uma graçinha vã...
Mais uma noite sozinho...
Mesmo que amanhã tenha qualquer companhia...
Com qualquer afago, abraço ou gozo fugás, ainda assim estaria só...
Vamos enganar a solidão?
Até cerrar as portas do bar...
Sinestesia entre paredes
Voz de menino
sábado, 18 de outubro de 2008
Segredos
Trocando moedas
De todas as coisas
Desisto.
Espera
Encontro ira.
Sarcasmo.
E nada pode traduzir o sabor e o labor de uma espera.
Irrito-me...
Inquieto-me...
Me canso.
Nada supera a ansiedade de minha espera.
Tudo poderia ser simples.
Poderia mover o mundo?
Não.Posso construir um mundo só meu.
Tenho as minhas verdades...
Não posso detê-las.
Não posso impô-las.
Posso ser eu assim.
Uma incógnita.
Uma dúvida, uma dívida.
Uma vida em mim, em mil, enfim.
se compara a espera de ser eu.
Não posso fugir, nem gritar.
posso ser, mais que um grito.
Ser a diferença e ter esperança.
Emoções lineares
Sempre de você.
Sempre acredito na sua voz, e, o que me diz se torna uma espécie de fé.
Tudo em mim em relação a você é coeso, tem sentido, é firmado, tem essência.
Minha essência é efêmera, inconstante, mas tenho certeza do que quero.
Quero você e te ter sempre.
Quero os teus sorrisos, suas dúvidas, medos e fascinasções.
Fazer parte dos teus sonhos, guardar teus segredos, tirar os medos e ir além do que já passou.
Quero refazer nossa história, fazer memória dor - amor.
Quero ser bandido, ou indío ferido, das estorias de ninar.
Conta, contas as estrelas,Manda a foto dos teus olhos, das tuas mãos, da tua folha.
Nosso mundo, meu, seu, mundo, uma bolha, sensível pode estourar.
Que é real, é o que sinto.
De peito aberto, não minto e quero mais que te amar.
Ser uma fronteira, ser uma fogueira
Dar limites, aquecer as trncheiras das diferenças que gritam entre nós.
Sou seu ombro, um braço nos tombos, que a vida vem nos oferecer...
Sou seu curativos.
Das chagas mais que um palitiativo, mão que acalma pra aquecer...
Sou paixão, sou rio, sou trovão.
Sou quem corre e destroi o que nos impede de crescer...
Amar dói.
Duo – um conflito.
Felizmente sufocado. Imensamente amado...
Safado, mas intensamente insatisfeito.
Entre dois... Eu e meu Amor...
O meu Amor é único.
Mas meu desejo é dúbio...
O meu desejo dói,
O meu Amor constrói uma vida inteira pra mim...
O meu desejo lacera, late feito um cão, vem como furacão de pavor me alucina.
O meu Amor é doce, puro como mel, de tão doce é fel e me deixa em grilhões...
Meu desejo busca a aventura!
Meu Amor é ventura e tinge de branco o que dor já verteu.
O meu desejo é faceiro, louco e treiteiro, como cobra me açoita...
Meu Amor é terno, quando esquenta é um esmero, mas tem expectativas e de mim espera.
Meu desejo é criativo, planeja, dá arrepios, mas é tenso e cheio de frustrações.
Meu Amor é pra sempre, tudo suporta e não mente, perdoa o mal que minha mão semeou.
Meu desejo é radical, corta da raiz o mal, não espera. A fila anda, a saber...
permanência...
Estou só.
E o mundo conspira contra mim.
Eu e minhas indecisões.
Eu e minhas mediocridades.
Sinto saudade, da companhia amistosa, do seu sorriso largo...
Tenho somente uma canção melancólica pra ouvir...
Sem sorrisos, sem calor.
Alimento-me das lembranças que o tempo leva,
Dos sonhos que tenho com você,
Já não consigo sentir teu cheiro,
Nem visualizar teus braços em volta do meu corpo entregue.
Quero voltar pra nossa casa, pro nosso mundo.
Quero deixar um bilhete de despedida pro mundo que estive até hoje.
Quero adiantar as horas, os dias, pra te encontrar.
Deixar as palavras;
Deixar de ser uma nuvem.
Firmar meus pés no solo de nossa vontade.
Contar mentiras pra os que querem me encontrar e te encantar...
Cantar meu Amor por você.
Antes que o dia amanheça, que você se canse e volte pra tua vida.
Antes que o tempo e a verdade nos tragam de volta pra nossa vida;
Pros meus dias...
Sem as suas ansiedades...
Sem tuas indagações...
Sem seu existencialismo que me embriaga.
Um silêncio, um segredo...
Tive medo,
Medo dos teus olhos,
Medo de me impregnar do teu cheiro,
Medo de que não ame, quem sou...
Tenho medo.
Tenho medo
De não ser quem você espera...
Tive medo e fugi...
Tive medo e me escondi.
Como Adão,
Que não conhecia o coração de quem o criou...
Como Adão com medo da maldição.
Tenho medo...
Mas não dormi... (é verdade!).
Com uma dor no peito (imensa dor).
Não dormi (Atordoado, minuto a minuto pela culpa)...
Como quem perdeu o direito não dormi...
E sonhei com sua voz...
E de manhã ouvi sua canção.
Um tal de origem árabe;
Que suscitou o milagre, de saber que em mim está você!
E sabia que por mim estava a esperar.
E a dor a escancarar que por medo eu não quis estar lá,
Para ouvir no teu peito um som a bater.
E de arrependimento chorou meu coração...
Sei que dor de Amor não é em vão;
E é Amor, se saudades tem.
E de tristeza desesperado fiquei...
“Ainda tenho chance?”.
Perguntei pra mim...
Em verso meu medo assim não tenha tornado isto um fim.
Tentativas...
Acredite.
Tento todos os dias...
Com raiva de mim por conta.
Angustia eu sou.
Seus olhos me vigiam sem me ver...
Sua raiva me comprime, sem que eu possa testemunhar sua ira...
Seu coração e o meu fervem.
Nosso Amor é impossível.
Sinto-me injustiçado.
Queria não amar seus olhos, nem seus sorrisos.
Desejo seu mau-humor.
Sua companhia duvidosa.
Meus braços perseguem seu corpo.
Meu nariz imagina seu cheiro depois do banho.
Meu olhar procura àquele espelho que refletiu o nu da alma.
Desejo e decido, até tento me compensar.
Mas sou traído pela minha razão.
Quero amar seus nãos, quero por inteiro.
Encontrei você!
Numa esquina em mim...
Encontrei teu sarcasmo e confundi com um sorriso.
Encontrei uma Ventura.
Na curva das tuas coxas;
Com o calor das tuas mãos;
Com estalo na batida;
No soar do coração!
Escondi teu cheiro
No colo dos meus sonhos
Ns discrepância que existe entre nós
Como pólos opostos, sou atraído pela lascívia entre teus lábios.
Sou enganado pelo seu medo.
Mas eu assim mesmo gostei, mesmo não querendo amar.
Lancei-me entre o cheiro de poeira do teu rosto;
E tua língua entre meus dentes...
Sorrisos de tudo isso.
Com saudade, não ausente.
E achei graça da saudade
E imito a comédia em seus efeitos
A saudade me fez rir, ao invés de chorar. Imitei-te no sarcasmo da tragicomédia
Saudades do que você me disse
Saudades de sermos sem futuro...
E ela, a saudade fica ali no seu lugar...
O jardim da casa de Silvia
10/09/....
03h 47mim.
E todo dia falta o mesmo para o nunca...
tocar tua nuca em molhado beijo.
Sinto o tempo seguir, não cansa
como quem escapa de um desafio.
É o espaço que abraça o vazio.
A luz elétrica não sabe a frieza que irradia,
nem toda a alegria que me permite ver
a cor da tua voz chamar meu nome
Ao pé do ouvido
Num tom doce e um pouco amargo
Amarelo-queimado
E todo instante falta o mesmo para o nada...
O sabonete não sabe o cheiro que exala
Nem o peito cala o gemido de desejo
De ver teu jeito blasse no palco que ama
e teu jeito na cama
Como uma cena de Almodóvar
Improvisada
E toda hora falta o mesmo para o nunca...
O trema não sabe da língua sua falta.
Nua, bela e alta
Minha mão quer segurar a tua
passear lado a lado pela rua
Ver um filme na sessão da tarde
Se estou aqui o que você tanto olha
Nesse céu sem Sol e sem Lua
Lá fora ta tudo cinza:
O jardim sem flor da casa de Silvia
É o presente que não vai chegar
É o ato de modo algum conjugado
É a certeza da dúvida
O sonho não realizado
É o peso nunca
Mas ainda há
tempo de fazer brotar...
flor no jardim da casa de Silvia
São
Minhas histórias estão aqui.
Quero ser novo
Quero ser menino mais uma vez.
Pelo menos na intenção.
Quero contar as estrelas...
Além dos anos-luz
E deixar as verrugas apontarem nas pontas dos dedos.
Escrever no ar...
Cantar bem alto,
Desafinar.
Saborear as experiências...
Ir onde acaba o meu braço,
Estar onde começa o teu
Além do meu lugar e das medidas do tempo e de espaço.
Não conter minhas lágrimas.
Chorar os choros esquecidos
E os risos queridos
No tempo do meu agora e do meu hoje, sem contar o que passou.
Ser feliz sem satisfazer as minhas expectativas
Sem conter a dor das feridas
Viver o hoje sempre e agora.
Ter um amor platônico.
Certa vez me surpreendi comigo mesmo, pensei: “Eu quero ter um amor pra vida inteira”. E tenho pelo menos alguém que se candidate. Isso sei que tenho. Fico até alegre, feliz por isso.
Mas sou consumido pelas lembranças dos amores que tive... Como seria minha vida se eu tivesse feito outra escolha? Talvez não estaria aqui relatando as minhas saudades! Isso quer dizer que não amo quem se candidata atualmente? Amo sim e como...! O que sei é que quero a vida inteira para descobrir... Quero desbravar o interior desse relacionamento. Ele me faz feliz. Sinto-me seguro. Sabendo eu da alegria...
Hoje de manhã estive Pensando em Deus - essa invisível existência. Estar na companhia me surpreendeu, a solidão me inquietou, mas entendi a necessidade de ficar a sós . Sou amado. O que quero dizer com isso na verdade é que sinto a mesma singularidade, não da mesma forma. Sinto saudades desse amor platônico de uma forma parecida como sinto desse Amor, só que o Amor de solidão é mais intenso e revelador de mim mesmo em plenitude. Hoje sei que toda a realidade de crença é ligada à experiência com minha humanidade. Que enfrentarei de arriscar-me por toda uma vida.
“Não me arrependo do fim, mas me arrependo de não ter amado mais, de não ter te marcado mais na alma”, eu diria. Quando o fim aconteceu um pedaço de mim se foi, um pedaço que estava escondido nas minhas certezas, uma parte de um tempo que não passa. A criança que morava na alma e que ainda povoava meus sonhos. Diante desse fato constato o meu crescimento, o que tenho hoje, o meu amor de hoje é um amor com cheiro de maturidade.
Hoje sou mais homem. Sei das conseqüências que o verdadeiro amor, àquele da vida inteira, pode trazer. Eu quero esse amor, alimentado pelas poesias, porém firmado nas certezas de um chão abaixo dos pés, num caminho de pedras, declives...
E dizer ao amor que foi: “Quero agora te desejar toda felicidade do mundo, uma vida fecunda. Não feita de lembranças, mas de alguém que caminhe de mãos dadas e que queira ir longe...”.
Tenho alma de Charlie Brown sim, mas hoje não desisto de falar, nem me distraio com o que penso. Não durmo cheio de fantasias, nem sofro por antecipação.
Na sou melhor por entrar nesse estágio da vida, só continuo crescendo.
Bons amigos
Foi o único, na minha história de vida - até hoje - que conseguiu ler meus olhos e meu coração, que me surpreendeu com verdades, que fez o menino que morava em mim, num parto se tornar um homem, embora ele não tenha certeza de ter causado este efeito.
Embora eu tivesse me sentido um sonhador o tempo inteiro enquanto tínhamos uma convivência diária - que hoje não é possível, por várias circunstâncias - vi, que foi ele que me ensinou de fato a sonhar, a saber, ser amigo como se deve, ser um “pacote inteiro” o que ele me dizia.
Aprendi com ele a valorizar os pequenos momentos, as partilhas de chocolate, os sorrisos por bobagens, a nunca estar satisfeito com nada, a ser humano, menos conformado, se assim posso dizer.
Tenho saudades de não dizer nada e ser indagado sobre o tinha pensado.
Tenho saudades.
Quero aqui registrar o meu muito obrigado, embora, tendo sido um amigo rico de sensibilidade, odeia que eu o agradeça. Aqui fica meu agradecimento anônimo.
Mudando de assunto, fiquei com raiva do Mário quando vi o título do Cd dele – Feito de escolhas – Fiquei com raiva mesmo. Porque pautei a minha vida nesta frase há muito tempo. Senti-me lesado, era a minha frase. Mas depois que ouvi o cd, ruminado as canções, pude concordar com ele.
Escolher é também ser escolhido. Escolhi esse amigo. Embora hoje nossa amizade tenha atingido outro âmbito, eu acredito nisto...Ele também me escolheu para habitar na sua história com minhas marcas, com meus sorrisos, imaturidades e reconstruções.
Guardo em mim as bases desta nova construção que tenho sido, e que ele, na sua singeleza e simplicidade cumpriu um grande papel: de ser ele mesmo pra mim. E isto basta...
Meus milagres...
Contemplação 1
Textos antigos
Sonho acordado com você.
Saiba disso.
Nunca amei alguém como te amo.
Não sei se você sabe amar...
Também sou aprendiz, se quer saber.
Queria ouvir você dizer que não sabe viver se não for comigo.
Você poderia implorar.
Pra ser sincero, seu sorriso me bastaria por agora.
Eu deixaria tudo.
Sem olhar pra trás...
Essas linhas podiam ser públicas.
Todos podiam ler essa mediocridade.
Pra você eu seria palhaço...
Se você não tiver medo.
Eu também te daria uma idéia de fantasia.
Devo cair na real.
Somos uma lembrança perdida no tempo e no espaço...
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Textos antigos
Arquivo do blog
-
▼
2008
(67)
-
▼
outubro
(43)
- Minha cor
- A história nova!
- Até a porta...
- Para Nai e Tato, parte 3
- Para Nai e Tato, parte 2.
- Abraço Forte
- A senha
- Para Nai e Tato, parte 1.
- O tempo passa !A vida tem pressa de ser vivida...
- Sobre hoje, sobre tudo
- Quem me dera
- "Deveriam não existir bancos, nem dinheiro, nem ca...
- Ao passo das horas
- Perto
- Eu quero saber onde você mora.Quero estar na sala....
- Contemplação 2
- Numa tarde de sol
- Mudez
- Sem cheiros, sem sons...Nas tuas mãos meus diamant...
- Cerrando as portas de bar
- Sinestesia entre paredes
- Voz de menino
- Dor de dor, de Amor acho que a dor de Amor não doí...
- Segredos
- Trocando moedas
- De todas as coisas
- Espera
- Emoções lineares
- Duo – um conflito.
- permanência...
- Um silêncio, um segredo...
- Tentativas...
- Encontrei você!
- O jardim da casa de Silvia
- São
- Ter um amor platônico.
- Bons amigos
- Nada sem você.Meus olhos sorriem, sem graça, sorri...
- O silêncio irrompe, cria feridas em mim.Me causam ...
- Meus milagres...
- Contemplação 1
- Textos antigos
- Textos antigos
-
▼
outubro
(43)