Enquanto houver sol haverá um sonho, uma história, uma esperança... Enquanto o céu refletir em mim sorrisos haverão canções e saudades... Enquanto houver sonhos haverão novos amigos... Nas esquinas da vida sempre um novo! E uma vida inteira pra decifrar... Eu sou do Sol! Sou da luz! E do dia...

domingo, 18 de janeiro de 2009

O primeiro beijo


Como todo adolescente bobo isso pra mim foi um drama. Só de pensar eu ficava encabulado comigo mesmo. Tinha que acontecer...
Sempre fui um bom aluno, estudei a primeira parte do ensino fundamental numa escola pequena. Todos os coleguinhas se conheciam, a maioria eram colegas desde a eduação infantil. Terminar a quarta série foi um parto pra todos nós e a maioria iria estudar em grandes colégios, que ultrapassavam dois mil alunos.
Isso nos causava euforia e pânico. Na pré-adolescência ser aceito é tudo, eu queria ser aceito. Todos nós queríamos.
Da minha turminha dois foram pro mesmo colégio que eu.

...

Meu pai me enfeitou todo pra o primeiro dia de aula: Tênnis novo, relógio novo, a roupa toda novinha, cabelos cortados, perfume... Fui pronto pra o abate.
Tímido até não poder mais eu ficava observando àquele tanto de gente entrar no colégio. Nunca pensei que um lugar poderia reunir tanta gente diferente. Uns meninos mais velhos de brinco, outros com violão à punho, outros fortes batendo a bola e uns de molecada, mexendo com quem passava...
Entre tantas ví uma menina linda... Olhos claros, cor de mel, como os meus olhos. Cabelos compridos, na cintura. Tiara na cabeça, roupa azul-marinho. Rostinho redondo na franginha... Foi paixão à primeira vista.
Mas eu não esperava que fosse paixão a primeira vista de todos os meninos da minha sala!
Aí complicou a situação... Não podia competir com Gidel, meu coleguinha que veio da minha antiga escola... O Atleta, o popular. E eu o Cdf, de óculos e aparelho... Nerd total, carta fora do baralho...
Seu eu não era bonito tinha que ser inteligente e engraçado, esse era o meu trunfo. "Ser inteligente e engraçado", ser pelo menos agradável...
Ela entrou na sala, todos entramos em seguida como cahorrinhos atrás do cio. Ela escolheu um lugar atrás de mim! Tudo o que eu tinha pedido a Deus! Na cabeça dos meninos isso representava derrota... Eu estava totalmente fora do campo de visão...
Pra mim estava ótimo. Encontrei uma tática pra visualizá-la de forma natural: No reflexo do meu relógio. Iria captar momentos naturais, sorrisos, indagações, memorizar todos os momentos...

Tivemos aula de português naquele dia... A professora era péssima. Informal, doida. Passou o ano nos levando pra sala de leitura e nos mandando escrever resumo dos livros lidos...

Ela se inscreveu pra trabalhar na cantina da escola durante o recreio. Eu adorei a idéia. Podia ir comprar sonhos na mão dela todos os dias.
Ela nem me dava bola... Só se dirirgia para perguntar as dúvidas que tinha na aula de matemática, isso me fazia voar de êxtase...

Quase no fim do ano, depois de muito desprezo ela me convidou pra ajudá-la na cantina no fim da aula...

Continua


Justificar

Caminhos contrários




Só quem já provou a dor
Quem sofreu, se amargurou
Viu a vida em tons reais

Quem no certo procurou
Mas no errado se perdeu
precisou saber recomeçar

Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar
Porque encontrou na derrota o motivo para lutar

E assim viu no outono a primavera
Descobriu que é no conflito que a vida faz crescer

Que o verso tem reverso
Que o direito tem avesso
Que o de graça tem seu preço
Que a vida tem contrários
E a saudade é um lugar
Que só chega quem amou
E que o ódio é uma forma tão estranha de amar

Que o perto tem distâncias
E que esquerdo tem direito
Que a resposta tem pergunta
E o problema solução
E que o amor começa aqui
No contrário que há em mim
E a sombra só existe quando existe alguma luz.

Só quem soube duvidar
Pôde enfim acreditar
Viu sem ver e amou sem aprisionar

Quem no pouco se encontrou
Aprendeu multiplicar
Descobriu o dom de eternizar

Só quem perdoou na vida sabe o que é amar
Porque aprendeu que o amor só é amor
Se já provou alguma dor
E assim viu grandeza na miséria
Descobriu que é no limite
Que o amor pode nascer

sábado, 17 de janeiro de 2009

Liberdade



Vou respirar outra vez
O mais puro ar
Vou subir pra cantar
Nas montanhas ...
Vou mergulhar, descobrir
O pranto de prata, pintar,
Colorir as cascatas que
escorrem pra mim

Em sonhos chego ao mar
Em sonho enxergo além
Do que posso enxergar
Pedra que os escravos colocaram
No caminho vou pisar
Passarinhos me contaram
Posso ouvir o seu cantar
Contos de um fogão de lenha
De lindas tardes.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O misto, as diferenças em mim.


Estou entre eu mesmo mais uma vez .
Uma disputa desigual entre a minha razão, vontade e meu medo.
Ideologia e incertreza.
Não tenho certeza.

Os sentimentos sem nome se misturam.
Não é medo.
Nem dúvida.
Todos entalados na garganta.
Querem ...
...Querem sair e vencer as barreiras

Desabar dos olhos a cachoeira!

Não ter certeza é bom...
Aí buscar enveredar.
Ter o dom de ver as estradas, onde as trilhas nem foram pisadas.

Coragem pra encarar a verdade:
Tomar nas mãos a foice;
Vencer a preguiça.
Cobiçar o que não vejo e ir...

Quem sou eu

Minha foto
Sou o que sou, com algumas perguntas e indagações!