Enquanto houver sol haverá um sonho, uma história, uma esperança... Enquanto o céu refletir em mim sorrisos haverão canções e saudades... Enquanto houver sonhos haverão novos amigos... Nas esquinas da vida sempre um novo! E uma vida inteira pra decifrar... Eu sou do Sol! Sou da luz! E do dia...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Todo Carnaval tem seu fim. O fim é o fim?


Aqui uma das minhas mil indignações. Não tenho o objetivo de ser um crítico da alegria alheia. Não quero ser tido como pretensioso. Questiono as estruturas que nós mesmos ajudamos a criar, que acolhemos sem pestanejar, que nos submetemos porque sempre é mais fácil ir aonde o barco vai, e, nadar contra a corrente é cansativo e perigoso.

Questiono o que venha a ser diversão. Vou tentar fazer analogia ao prazer, usar alguns significados que conheço.

Partindo de mim, pergunto-me: O que me diverte? O que me dá prazer?


Diversão: Distração, recreio, passatempo.
Militar Operação ou manobra que tem por fim desviar a atenção do inimigo do ponto que se pretende atacar.

Prazer: Contentamento, alegria, jovialidade.
Satisfação, deleite, delícia.
Boa vontade, agrado.
Distração, divertimento.


Divirto-me quando sou surpreendido, quando saio de meus modelos, mas sem deixar de ser eu mesmo, quando me permito o novo, quando não preciso ser o que esperam de mim. Divirto-me quando sou livre.

Olho pra Salvador e fico me questionando que faz essa grande cidade tão cheia de problemas ser tão encantadora no carnaval? Parece que aqui, lá, as pessoas não são o que são durante o dia-a-dia. Aparentam-me que estão isentas de tudo. Isentas de amor próprio, de respeito ao corpo e a imagem que querem ter. Não considero que seja diversão ou prazer. É mais uma ‘lorota’ bem contada com luzes.

Os relacionamentos fast-foods se fortalecem. Sintomatizando a problemática social pós-moderna. Movidos pela foto com photoshop nos acostumamos como as pessoas que se permitem tal qual produtos numa prateleira a serem consumidos. Nos permitimos rótulos e prazo de validade... Aí a mentira impera com tanta força que é vista como verdade. É necessário fazer parte disso, se consumir nisso e terminar numa quarta-feira de cinzas mais pobre e mais vazio. Mas os brasileiros são sem senso crítico e não desistem nunca. Rebolation é melhor que pensar.

Salvador é a capital do país que registra, segundo o IBGE (podemos conferir no site o senso 2009), o maior número de más moradias no país. São mais de 40% da população que mora mal, que come mal e que se submete ao Sistema Único de Saúde mais desprovido entres as grandes cidades.

Como é sabido, depois do carnaval aparecem às epidemias pós-aglomeração. Hoje mesmo foi noticiado no jornal local que a maioria dos hospitais públicos não tinha atendimento pra população infectada por ausência de profissionais... A mesma televisão anunciou que o governo estaria equipado pra atender a todos durante o carnaval. Bem verdade que não disse que estariam prontos pra o pós...

E quem mais sofre com isso? Não é necessário responder. Aí vem uma pergunta: Pra onde foram os dezesseis milhões de Reais movimentados durante o carnaval entre hotelaria, festas com open-bar, blocos e camarotes? Foram pro bolso dos poderosos, poderes públicos e ivetones da vida.

Grande alegria consumida... Sabemos que os cidadãos nem mesmo tem o direito de brincar o carnaval atrás do trio elétrico, que há muitos anos é inviável pra quem preza pela sua vida. Dessa idéia nasceram os caríssimos e superproduzidos camarotes e suas diárias mais que exorbitantes.

Meu pai conta dos Carnavais que viveu em Salvador quando jovem. Maus hábitos sempre existem, desde que o mundo é mundo, porém tudo era em escalão menor.

Bom, o ano vai começar agora. Muitos já começaram a juntar suas moedas pra consumirem no ano de 2011. Se estivermos vivos veremos.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Tropêgo

O começo é sempre uma dificuldade. Começo tem sempre ar de novo, de esforço.
Eu estou cansado antes de começar.
Cansado e trôpego entre minhas pernas.
Desiludido.

Uma dor extrema. Não há nada pior do que me enganar.

Até onde vou conseguir suportar?

Eu quero sair.

Me deixa ir , por favor...

Quero dar o passo, mas não sei como fazer.

Sinto-me numa encruzilhada, num labirinto.

Ando triste há muito tempo e morrendo.

Minha vida sem futuro, história nova sem passado. Como viver sufocado?

Amordaçado em condições...

Cansei.

Não adianta, e mesmo assim vou chorar...

Acomodado a aparentar feliz na cidade.

Fantasia e realidade. Felicidade?

A fantasia na ponta do meu nariz é meu algoz.

Vai, vai tempo veloz.

Esse veneno destila. E tem cheiro e cor.

Como posso me acostumar com a dor?

Não sei.

Sair dessa condição, ter ar nas ventas: A decisão...

Estou perto da asfixia, perto da morte súbita.

Não me encaixo nos moldes e estou só.

Penso asneira.

Que baboseira.

A dor não passou... Fiquei sem palavras.

O que vem virá?

Utópico, insólito.

Pra onde vou.

Quem sou eu

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Sou o que sou, com algumas perguntas e indagações!