Enquanto houver sol haverá um sonho, uma história, uma esperança... Enquanto o céu refletir em mim sorrisos haverão canções e saudades... Enquanto houver sonhos haverão novos amigos... Nas esquinas da vida sempre um novo! E uma vida inteira pra decifrar... Eu sou do Sol! Sou da luz! E do dia...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Dando uma volta na esquina.


Sonhei ontem que eu estava preso, era uma caixa marron. Uma espécie de urna onde muitos depositavam bilhetes. Eu ficava constrangido a cada bilhete que ia caindo. Uns queriam ajuda com o filho mau educado, outros queriam um Amor pra sempre , um que saiba lavar cozinhar, cantar, tocar violão, e que ainda seja carinhoso e disponha de um bom sexo pra vairar. Outros se queixavam do maridos e esposas, outros bilhetes pediam trabalho e prosperidade... E justificavam que com dinheiro se consegue muitas coisas no mundo...
Fiquei me perguntando o que poderia ser àquela caixa. Quando me surpreendí com mais um bilhete que caiu, tinha letra de criança e dizia assim: " Quero que as pessoas se amem mais, se perdooem mais, que elas se importem uns com os outros..."
Era uma espécie de caixa de pedidos, não uma caixa de sugestões, uma caixa de oração, algo de ordem prática, simplista e ao mesmo tempo requeria um certo critério no atendimento. Como Não eram endereçadas pra mim, me sentí no direito de julgá-las. Quando começei a ler uma carta triste sobre a morte de um filho e a solidão de nunca mais poder vê-lo, fui acordado com a caixa sendo transportada pra uma mesa onde eu caia entre a papelada, que revelava além de muitos bilhetes umas fotos 3x4, fotos de família, recortadas... Intenções explícitas.
Como acordei do sonho não sei qual a resolução dele.
Passei o dia intrigado com os flashs dele durante todo o meu dia.
Estar naquela caixa não me fazia deus nem gênio da lâmpada, porque não era capaz de realizar os desejos. Me sentí meio alcoviteiro. Eu sabia o que se passava, mas não podia ir até as pessoas. Ajudar, aconselhar... Me impressionei de verdade com o bilhete em letras infantis com o tema: " A indiferença". A indiferença tem lançado as pessoas a serem como são.
Como posso procurar um amor, um amigo, ser amado de forma explícita se não entendo como viver isso, e não ser primeiro pra depois colher?
O apelo ao Amor pra sempre é justificável, porém não acontece num pedido de oração. O que é o Amor???
Além das canções, além das poesias, além das canções bregas, ou lindas sobre o Amor, a resposta continua inesgotável. Porque não é fazer, é ser. Quem sou eu? Quem é você?
A minha resposta ou qualquer que seja dita entra no âmbito das experiências e numa abordagem pessoal e limitada. Ando acreditando que não sou exemplo pra ninguém, porque a vida não é uma receita a ser seguida e cada um deve achar o seu caminho.
Acredito num passo inicial a ser respondido em busca do Amor verdadeiro, em busca da felicidade tão almejada, e tão plástificada no mundo atual: O auto conhecimento.
Responder a mim mesmo quem sou, olhar pra minha história, pras heranças genéticas e históricas adquiridas, observar os arkétipos educacionais impostos, os medos, os traumas, as marcas na afetividade, tirar tudo isso, lipar tudo o que quero ser, o que acredito que pensam de mim, o que esperam de que eu faça e seja. O que restará? Restará eu mesmo, límpido, nu. Livre.
Esse caminho é um caminho de silêncio, de meditação, de fazer memórias afetivas e históricas. Leva-se dias, meses e até anos, mas é preciso ser feito.
Ontem conversava com um conhecido no msn. E fiquei extremamente comovido e inquieto com o andamento que o nosso mundo tem vivido. Ele contou-me que foi a uma sauna e fez sexo com quatro pessoas ao mesmo tempo e, me contou como se àquilo fosse me impressionar. Respondí: "Que nojo... Vc não é descartável. E não me diga que é somente sexo pelo sexo. Sexo envolve todo o nosso ser, as nossas emoções, vontades, anseios carências... Você está perdido amigo... Não se chateie comigo. Eu quero ajudar. Não é assim que você vai encontrar alguém que te ame. Você alarga seu vazio, de desejo de ser amado e compreeendido. Se quiser ajuda estarei aqui."
Acredito que ele não me entendeu porque a maioria dos gays vivem a mesma realidade que ele.
Tolice.
Imaturidade.
Ansiedade.
Definitivamente, Amar-se primeiro. Ser antes de fazer.
Só assim encontraremos o que queremos: Se de fato entendermos o que queremos.
Eu quero ser é feliz. Ter a paz na guerra. Morrer tentando ser eu mesmo.

domingo, 21 de junho de 2009

O eu ideal, o eu real, e o idealizado. Parte última.


Não quero perder minha liberdade. O meu eu real é livre, livre pra sentir...
Não acredito em prisões.
Acredito em autênticidade, acredito nos valores que trago.
Se vamos, vamos até o fim... Até o fundo.
Cansei de ser raso, cansei de ficar nas superfícies...
A liberdade é também me comprometer com a liberdade do outro;
Com suas riquezas.
Fiquei envolvido nessas minhas verdades. Feliz porque não posso negar a mim mesmo que planto meu futuro, mas não posso viver em função dele... E não quero viver no passado.
A vida se recicla.
Devo idealizar a verdade da minha busca, devo idealizar ser eu mesmo. Não pertencer e de fato não pertenço. E quem pertençe?
A muito custo abro mão das minhas posses, me despojo de todos os sentimentos que guardei em relação à minha própria história!
Estou disposto ao novo, sendo livre, sendo limpo. Pra magoar, e ser magoado...
Viver é isso...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O eu ideal, o eu real, e o idealizado. Parte 2


Demorei muito pra por a segunda postagem dessa série...
São muitas coisas pra contar de fato.
Indo direto ao assunto...
Pra ter uma noção clara de quem eu sou, de quem quero ser, necessito de um encontro como estou, pra entender onde quero chegar...
Eu fiz muitos planos pra mim, também tenho as minhas histórias trágicas, e tenho vivido numa expectativa pelo que vai chegar, porém confesso que ando olhando pra trás e desconfiado: " Será que magooei alguém pelo caminho?" Com certeza! magoar alguém implica o execicío de conviver, de experimentar, de também acreditar, de transcender os relacionamentos. Me fez crescer, me fez desejar acreditar, ter esperança.
Ontem me desafiei e resolví enfrentar meu medo. Posso ter feito tudo errado, mas não quero pensar nisso agora. Quero olhar mim, como estou. Estou com esperanças.
Uma única canção canta caladinha no meu silêncio: "A vida me fez assim: 'Eu caçador de mim'. Feliz por isso".
Ainda existe uma criança dentro de mim, agachada com medo.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O eu ideal, o eu real, e o idealizado... Parte 1


Saber contar uma história já contada de forma nova é uma arte...

Principalmente porque temos muito da mesma coisa, é muito do mesmo formato... Roupas iguais, corpos numa mesma malhação, sorrisos branqueados, cabelos alisados, ou cacheados...

A perspectiva do novo sempre ligado a atingir o pseudo ‘senso comum’ é comum, todos querem no fundo ser parecisos com algo ou alguém... E o que eu não tenho eu desejo ter melhor ou maior que o outro...

O indivíduo se rotula e decide estar sempre ligado à motivação do que não tem...

A ansiedade, ou inveja, melhor dizendo.

É como àquela propaganda o carro, com um cara lindo, numa roupa maravilhosa, com um corpo escultural, cor o parceiro ‘perfeito’, enlouquecendo o telespectador que ferozmente trabalha para chegar perto... Na nossa sociedade fast-food é difícil desinstalar a consciência e as emoções desse formato, porque estamos encurralados por todos os lados a consumir a atingir metas, a superar, a correr atrás do prejuízo a conquistar um lugarzinho ao sol.

Eu preciso uma razão maior, uma que seja reconquistada diariamente. Uma que me envolva nos meus pensamentos, que me faça sorrir sozinho, chorar de saudades, olhar pro nada e encontrar beleza nos desconhecidos horizontes. Uma razão que transite além sexo, que esteja oculta os olhos, mas que faça o coração arder ao som da voz, que me faça desejar a eternidade. Escondida no tempo e no espaço, que não dê valor ao que se tem, mas ao que se é na essência. Com gosto de chocolate, com beijo lancinante e abraço acolhedor.

São muitos passos pra se dar até atingir essas metas ilusórias de Amor ou perfeição, que eu não acho perfeito.

A chave é essa! Ser eu mesmo... Aceito por mim mesmo, com tudo o que tenho e o que sou, disposto a suportar-me, a compreender os limites, atender as minhas necessidades básicas...

Como diz a canção: “ ..Eu quero uma casa no campo...”


Continua

Quem sou eu

Minha foto
Sou o que sou, com algumas perguntas e indagações!