Enquanto houver sol haverá um sonho, uma história, uma esperança... Enquanto o céu refletir em mim sorrisos haverão canções e saudades... Enquanto houver sonhos haverão novos amigos... Nas esquinas da vida sempre um novo! E uma vida inteira pra decifrar... Eu sou do Sol! Sou da luz! E do dia...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Engodo


Bom é isso. Nem sei por onde começar.
Antes quero dizer que isso aqui é atemporal.
Entre as minhas poesias e meus pecados habita o limbo da terra e assim fico satisfeito. Não por minha justiça, mas por clareza das intenções profundas.
Ontem dormi de madrugada assistindo Pride and Prejudice. Mais nostálgico que sou eu fiquei...
Adoro a Jane Austen. Ela sabe descrever a capacidade de distorção que existe no coração humano. E são tantas variáveis hoje.
O pano de fundo independente do tempo é o mesmo: O que faz o Amor nascer? A profundidade? A aparência? O encontro? A dor? O desafio? No caso da estória seria a profundidade. Conhecer é o grande trunfo do drama. O Amor construido pelo conhecimento. Acredito que por isso sou tão fascinado pela literatura dela.
Comigo não acontece de forma diferente. Inteligência e solidez são afrodisíacos.
Temo de certo todas as feridas que trago, as minhas frustrações... Mas meu coração não se engana. O coração reconhece a visão de um olhar com a inquietude da presença do outro. Isso é simplismente fantástico nas personagens principais. Elizabete não o tolera e nem sabe ao certo porque.
Esse sentimento é transmutado com o tempo e essa relevância é a oportunidade de aprofundar, saber das intenções, dos limites do outro.
As permissividades intencionais ou não ao longo daquele processo vão permitindo a verdade guardada vir à tona.
Não se é o que se quer ser, não se é o que se espera ser. Se é o que é e ponto.
Nos dias de hoje o tempo do hoje é um engodo.
As pessoas e a vida são consideradas tão descartáveis que os lanches das franquias americanas...
Não posso apagar fatos em que me dei por inteiro, ou que errei por inteiro. Penso assim porque ainda sou do tempo da sessão da tarde.
E o que fazer com minha ingenuidade e burrice?
Meu olhar é sempre inteiro, o abraço sempre intenso, o beijo pertencente só a um alguém... Não sei ser de outro jeito embora em meio as tolices possa ter escolhido meios trôpegos de ser eu mesmo.
Voltando a Elizabete, não contive o choro com o encontro da madrugada, póstuma a uma noite mal dormida de medo e solidão.
É o que é, se for será sempre.

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Sou o que sou, com algumas perguntas e indagações!