Enquanto houver sol haverá um sonho, uma história, uma esperança... Enquanto o céu refletir em mim sorrisos haverão canções e saudades... Enquanto houver sonhos haverão novos amigos... Nas esquinas da vida sempre um novo! E uma vida inteira pra decifrar... Eu sou do Sol! Sou da luz! E do dia...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A história nova!


Em meio a enfermidade de meu pai parei pra pensar no sentido de vida, sentido de morte. Quero ser coerente com ambas as partes. De certo que a coerência se dá com a maturidade, com o lançar-se...


De fato, ser coerente com a vida, com o novo. Estar disposto a fazer novas amizades, a travar novas experiências, a tirar os olhos de mim mesmo. Mas me parece que a medida que o tempo vai passando eu vou me tornando preso aos meus conceitos, às boas histórias vividas e isto vai roubando e domesticando o novo. Eu não quero isso pra mim, conscientemente! Embora eu veja paralisações emocionais da minha parte por conta das negatividades que carrego. Eu quero viver de fato! Quero ser livre pra Amar... E isto me move a estar aqui!


Venho lutando a algum tempo com o tema liberdade na minha vida... Descobri na minha simplória experiência com quem sofre que o tempo esconde a eternidade, que a paciência tudo alcança e que o verdadeiro Amor, àquele que escolhemos pra viver, lança fora todo o temor... Salve, salve a Eleanor H. Poter, que marcou a minha adolescência... A brincadeira do contente.


Também quero ser coerente com a morte! Pode parecer repugnante a minha idéia, mas é irrigada de experiência de uma perda de uma querida pessoa, com a saudade, com a ausência, com a missão cumprida ou inconclusa, ligada a tomada de posse da própria história. Isso quer dizer que quero viver (E tenho vivido assim...) cada dia com a expectativa do fim, com tudo o que tenho e sou. Salve o Carpe Diem!


Morrer não me parece ser de fato ruim... Inspira a alegria libertadora da missão cumprida, pra mim que quero viver até a última gota... Verter com consciência cada emoção e cada nota musical. Livre dos preconceitos, da frustração de não ter errado... Eu quero errar, se isto me levar a ser mais livre de mim mesmo!




...




Depois da tarde maravilhosa e transcendente que tive acabei de crer que não existe vida sem romper com as barreiras do tempo e do espaço. Eu vi que a devoção de coração movida pelo desejo de Amar vale muito, e é raro viver assim.


A nossa história está apenas começando, mas foi capaz de quebrar grilhões enferrujados, inclusive o desejo de escrever e de me expressar, de me fazer conhecer pra você pelo menos na minha iletração barata. Foi capaz de me fazer romper com muito do que trago até aqui... E isto é positivo porque não foi por causa de, mas por consequência das minhas escolhas.


Esqueci de dizer... Enquanto estávamos naquele ponto de ônibus eu tive uma crise súbita de tristeza, então ouvi:


- Porque você está triste?


Respondi:


- Porque já é noite... Vamos voltar pra nossa vida...


- Então aproveite o dia de amanhã, e venha conhecer minha casa... (Carpe Diem?)


-Sério?


-Sim, nos encontramos umas 07:00 horas da manhã... Tenho folga durante a manhã. Durante a tarde eu trabalho e você me espera... Assim poderemos conversar melhor e nos conhecer.




...




Um sono inquieto me atormentou, felicidade e euforia... Nem as festinhas pra mim mesmo adiantaram. Um fim de férias cheio de "Speed", diria Papito.


Meu pai já não estava bem e eu tinha decidido ficar com ele no Hospital pela manhã... Minha irmã se prontificou a levá-lo pela manhã cedo, e disse: "Aproveita teu último dia de férias, painho vai ficar bem! " Carpe Diem?


Bom, aproveitando ou não deixei minhas coisas doidas em casa. Não desarrumei a bolsa de viagem. Combinei com meu primo que levaria minha bolsa na rodoviária no outro dia na às 12:00, assim mandaria Astrúbal de volta pra casa. Cheguei cedo, comprei minha passagem de volta ao trabalho, telefonei, e já estava a caminho.


Sentei sozinho em frente ao Beirute e tentei ler um livro que estou enrolando pra terminar a um mês... Então quase concentrado na terceira frase da página meu telefone toca e você já me procurava.


Vencendo o mau-humor da manhã:


-Bom dia! Dormiu bem? Me dizia com um abraço. Menti:


- Sim dormi bem e você?




...




Continua


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