Enquanto houver sol haverá um sonho, uma história, uma esperança... Enquanto o céu refletir em mim sorrisos haverão canções e saudades... Enquanto houver sonhos haverão novos amigos... Nas esquinas da vida sempre um novo! E uma vida inteira pra decifrar... Eu sou do Sol! Sou da luz! E do dia...

sábado, 18 de outubro de 2008

Ter um amor platônico.



Certa vez me surpreendi comigo mesmo, pensei: “Eu quero ter um amor pra vida inteira”. E tenho pelo menos alguém que se candidate. Isso sei que tenho. Fico até alegre, feliz por isso.
Mas sou consumido pelas lembranças dos amores que tive... Como seria minha vida se eu tivesse feito outra escolha? Talvez não estaria aqui relatando as minhas saudades! Isso quer dizer que não amo quem se candidata atualmente? Amo sim e como...! O que sei é que quero a vida inteira para descobrir... Quero desbravar o interior desse relacionamento. Ele me faz feliz. Sinto-me seguro. Sabendo eu da alegria...

De fato quero contar os pormenores de um antigo amor, contar pra mim mesmo. Hoje senti saudade, muita. Não uma saudade física, mas uma saudade dos efeitos emocionais e históricos que me causou. O fim desse repente me deixou um amor platônico pelo menino que morava em mim e um profundo sentimento de que algo se rompeu.
Hoje de manhã estive Pensando em Deus - essa invisível existência. Estar na companhia me surpreendeu, a solidão me inquietou, mas entendi a necessidade de ficar a sós . Sou amado. O que quero dizer com isso na verdade é que sinto a mesma singularidade, não da mesma forma. Sinto saudades desse amor platônico de uma forma parecida como sinto desse Amor, só que o Amor de solidão é mais intenso e revelador de mim mesmo em plenitude. Hoje sei que toda a realidade de crença é ligada à experiência com minha humanidade. Que enfrentarei de arriscar-me por toda uma vida.

Voltando ao assunto, lembrei da órbita quente que nos unia, da vontade de vir pra janela, pra trocar alguns verbos... Dos conflitos por causa do vitral, das palavras mal entendidas, dos sorrisos, dos relatos, das expectativas, dos sonhos que sabíamos que não se realizariam, dos beijos diante do espelho, das cartas que escrevemos ambos, dos bilhetes, dos cartões postais e palhaçadas... Palhaçadas com nome de tempos modernos - me entendam bem. Do cheiro do mar, do nosso primeiro beijo, dos sorrisos, das piadas da eterna novidade que éramos um pro outro.

Tudo isso, o universo paralelo, hoje é uma lembrança densa e distante.
“Não me arrependo do fim, mas me arrependo de não ter amado mais, de não ter te marcado mais na alma”, eu diria. Quando o fim aconteceu um pedaço de mim se foi, um pedaço que estava escondido nas minhas certezas, uma parte de um tempo que não passa. A criança que morava na alma e que ainda povoava meus sonhos. Diante desse fato constato o meu crescimento, o que tenho hoje, o meu amor de hoje é um amor com cheiro de maturidade.
Hoje sou mais homem. Sei das conseqüências que o verdadeiro amor, àquele da vida inteira, pode trazer. Eu quero esse amor, alimentado pelas poesias, porém firmado nas certezas de um chão abaixo dos pés, num caminho de pedras, declives...
E dizer ao amor que foi: “Quero agora te desejar toda felicidade do mundo, uma vida fecunda. Não feita de lembranças, mas de alguém que caminhe de mãos dadas e que queira ir longe...”.
Tenho alma de Charlie Brown sim, mas hoje não desisto de falar, nem me distraio com o que penso. Não durmo cheio de fantasias, nem sofro por antecipação.
Na sou melhor por entrar nesse estágio da vida, só continuo crescendo.

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